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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Monólogo de Orfeu


Mulher mais adorada!
Agora que não estás,
deixa que rompa o meu peito em soluços
Te enrustiste em minha vida,
e cada hora que passa
É mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.

E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem,
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto
Que é que eu sei?
Este sentir-se fraco,
o peito extravasado
o mel correndo,
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.

Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga,
esse contentamento, esse corpo
E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.

Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!
A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!

Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres -
que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?

Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo

Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo.




Composição: Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Poema Do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de primavera eu tive um sonho como
uma fotografia: eu vi Jesus Cristo descer à Terra.
Ele veio pela encosta de um monte, mas era outra vez
menino, a correr e a rolar-se pela erva
A arrancar flores para deitar fora, e a rir de modo a
ouvir-se de longe.
Ele tinha fugido do céu. Era nosso demais pra
fingir-se de Segunda pessoa da Trindade.
Um dia que DEUS estava dormindo e o Espírito Santo
andava a voar, Ele foi até a caixa dos milagres e
roubou três.
Com o primeiro Ele fez com que ninguém soubesse que
Ele tinha fugido; com o segundo Ele se criou
eternamente humano e menino; e com o terceiro Ele
criou um Cristo eternamente na cruz e deixou-o pregado
na cruz que há no céu e serve de modelo às outras.
Depois Ele fugiu para o Sol e desceu pelo primeiro
raio que apanhou.
Hoje Ele vive na minha aldeia, comigo. É uma criança
bonita, de riso natural.
Limpa o nariz com o braço direito, chapinha nas poças
d'água, colhe as flores, gosta delas, esquece.
Atira pedras aos burros, colhe as frutas nos pomares,
e foge a chorar e a gritar dos cães.
Só porque sabe que elas não gostam, e toda gente acha
graça, Ele corre atrás das raparigas que levam as
bilhas na cabeça e levanta-lhes a saia.
A mim, Ele me ensinou tudo. Ele me ensinou a olhar
para as coisas. Ele me aponta todas as cores que há
nas flores e me mostra como as pedras são engraçadas
quando a gente as tem na mão e olha devagar para
elas.
Damo-nos tão bem um com o outro na companhia de tudo
que nunca pensamos um no outro. Vivemos juntos os dois
com um acordo íntimo, como a mão direita e a esquerda.
Ao anoitecer nós brincamos as cinco pedrinhas no
degrau da porta de casa. Graves, como convém a um DEUS
e a um poeta. Como se cada pedra fosse todo o Universo
e fosse por isso um perigo muito grande deixá-la cair
no chão.
Depois eu lhe conto histórias das coisas só dos
homens. E Ele sorri, porque tudo é incrível. Ele ri
dos reis e dos que não são reis. E tem pena de ouvir
falar das guerras e dos comércios.
Depois Ele adormece e eu o levo no colo para dentro da
minha casa, deito-o na minha cama, despindo-o
lentamente, como seguindo um ritual todo humano e todo
materno até Ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma. Às vezes Ele acorda de
noite, brinca com meus sonhos. Vira uns de pena pro ar,
põe uns por cima dos outros, e bate palmas, sozinho,
sorrindo para os meus sonhos.
Quando eu morrer, Filhinho, seja eu a criança, o mais
pequeno, pega-me Tu ao colo, leva-me para dentro a Tua
casa. Deita-me na tua cama. Despe o meu ser, cansado e
humano. Conta-me histórias caso eu acorde para eu
tornar a adormecer, e dá-me sonhos Teus para eu
brincar.


Composição: Fernando Pessoa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

I Seminário sobre Tráfico de Pessoas e Relação de Gênero




I Seminário sobre Tráfico de Pessoas e Relação de Gênero

Inscrições abertas

Abertas às inscrições pro I Seminário sobre Tráfico de Pessoas e Relação de Gênero, que será realizado no próximo dia 13 de Novembro de 2010 ás 08:00hs, na Escola Estadual
Padre João Barbosa localizada na comunidade do Morro da Conceição, Recife - PE.

O seminário tem como objetivo promover o debate na perspectiva de uma maior
conciêntização das pessoas sobre a relação de Gênero junto ao Tráfico de Pessoas.
Dentro de sua programação o seminário traz 2 mesas de discussão, uma com o tema
TRÁFICO DE PESSOAS E RELAÇÃO DE GÊNERO: O QUE HÁ EM COMUM ? e outra com a SOCIALIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS NA ÁREA DE GÊNERO E TRÁFICO DE PESSOAS.

O Grupo Quebra Kabeça entende que o seminário é uma atividade de extrema importância
e por isso convidar os interessados a participar junto conosco, para que assim o seminário
Torne-se gancho para juntarmos-nos todos na luta em torno desses eixos temáticos. Sob
enforque da necessidade da construção e implantação de um novo conceito de políticas públicas
relacionada a Gênero e Tráfico de pessoas.

OBS: As fichas devem ser enviadas pra o email
quebrakabeca@gmail.com


Atenciosamente,

Grupo Quebra Kabeça

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SEXTA NA PRAÇA


Venha, participar do evento Sexta Na Praça, que será realizado pelo Grupo Quebra Kabeça dia 29 de Outubro de 2010, na Praça do Morro da Conceição, Recife -PE ás 19:00hs.

A Sexta na Praça tem como objetivo levar Informação de forma criativa e lúdica inspirado na Educação Popular. Abordando temas, que possam aguçar a opinião crítica da comunidade. Na Sexta na Praça de outubro vamos aborda o tema “ Sexta Cultural .
O Grupo Quebra Kabeça busca fortalecer a atuação, desenvolvendo um trabalho de
conscientização através de temáticas e aprestações de grupos culturais, fazendo assim
fortalecer uma história de luta e conquista nas comunidades populares.

Por tanto e com imenso prazer que nos do Grupo Quebra Kabeça contamos com a
participação de vocês no Movimento Cultural Sexta na Praça.

Atenciosamente,

Juliana silva
Grupo Quebra kabeça

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

REPULSA AO SEXO



Repulsa ao sexo
18, de setembro de 2010



Entre os três candidatos à Presidência mais bem colocados nas
pesquisas, não sabemos a verdadeira posição de Dilma e de Serra. Declaram-se contrários para não mexer num vespeiro que pode lhes custar votos. Marina, evangélica, talvez diga a verdade. Sua posição é tão conservadora nesse aspecto quanto em relação às pesquisas com transgênicos ou células-tronco.

Mas o debate sobre a descriminalização do aborto não pode ser pautado pela corrida eleitoral. Algumas considerações desinteressadas são necessárias, ainda que dolorosas. A começar pelo óbvio: não se trata de ser a favor do aborto. Ninguém é. O aborto é sempre a última saída para uma gravidez indesejada. Não é política de controle de natalidade. Não é
curtição de adolescentes irresponsáveis, embora algumas vezes possa resultar disso. É uma escolha dramática para a mulher
que engravida e se vê sem condições, psíquicas ou materiais, de assumir a maternidade. Se nenhuma mulher passa impune por uma decisão dessas, a culpa e a dor que ela sente com certeza são agravadas pela criminalização do procedimento.
O tom acusador dos que se opõem à legalização impede que a sociedade brasileira crie alternativas éticas para que os casais possam ponderar melhor antes, e conviver depois, da decisão de interromper uma gestação indesejada ou impossível de ser levada a termo. Além da perda à qual mulher nenhuma é indiferente, além do luto inevitável, as jovens grávidas que pensam em abortar são levadas a arcar com a pesada acusação de assassinato.
O drama da gravidez indesejada é agravado pela ilegalidade, a maldade dos moralistas e a incompreensão geral. Ora, as razões que as levam a cogitar, ou praticar, um aborto, raramente são levianas. São situações de abandono por parte de um namorado, marido ou amante, que às vezes desaparecem sem nem saber que a moça engravidou. Situações de pobreza e falta de perspectivas para constituir uma família ou aumentar ainda mais a prole já numerosa. O debate envolve políticas de saúde pública para as
classes pobres.
Da classe média para cima, as moças pagam caro para abortar em clínicas particulares, sem que seu drama seja discutido pelo padre e o juiz nas páginas dos jornais. O ponto, então, não é ser a favor do aborto. É ser contra sua
criminalização. Por pressões da CNBB, o ministro Paulo Vannuchi precisou excluir o direito ao aborto do recente Plano Nacional de Direitos Humanos. Mas mesmo entre católicos não há pleno consenso. O orajoso grupo das "Católicas pelo direito de decidir" reflete e discute a sério as questões éticas que o aborto envolve.

O argumento da Igreja é a defesa intransigente da vida humana. Pois bem: ninguém nega que o feto, desde a concepção, seja uma forma de vida. Mas a partir de quantos meses passa a ser considerado uma vida humana? Se não existe um critério científico decisivo, sugiro que examinemos as práticas correntes nas sociedades modernas. Afinal, o conceito de humano mudou muitas vezes ao longo da história. Data de 1537 a bula papal que declarava que os índios do Novo Continente eram humanos, não bestas; o debate, que versava sobre o direito a escravizar-se índios e negros, estendeu-se até
o século 17. A modernidade ampliou enormemente os direitos da vida humana, ao declarar que todos devem ter as mesmas chances e os mesmos direitos de pertencer à comunidade desigual, mas universal, dos homens.

No entanto, as práticas que confirmam o direito a ser reconhecido como humano nunca incluíram o feto. Sua humanidade não tem sido contemplada por nenhum dos rituais simbólicos que identificam a vida biológica à espécie. Vejamos: os fetos perdidos por abortos espontâneos não são batizados. A Igreja não exige isso. Também não são enterrados. Sua curta existência não é imortalizada numa sepultura - modo como quase todas as culturas humanas atestam a
passagem de seus semelhantes pelo reino desse mundo. Os fetos não são incluídos em nenhum dos rituais, religiosos ou leigos, que registram a existência de mais uma vida humana entre os vivos.

A ambiguidade da Igreja que se diz defensora da vida se revela na condenação ao uso da camisinha mesmo diante do risco de contágio pelo HIV, que ainda mata milhões de pessoas no mundo. A África, último continente de maioria católica, paupérrimo (et pour cause...), tem 60% de sua população infectada pelo HIV. O que diz o papa? Que não façam sexo. A favor da vida e contra o sexo - pena de morte para os pecadores contaminados.

Ou talvez esta não seja uma condenação ao sexo: só à recente liberdade sexual das mulheres. Enquanto a dupla moral favoreceu a libertinagem dos bons cavalheiros cristãos, tudo bem. Mas a liberdade sexual das mulheres, pior, das mães - este é o ponto! - é inadmissível. Em mais de um debate público escutei o argumento de conservadores linha-dura, de que a mulher que faz sexo sem planejar filhos tem que aguentar as consequências. Eis a face cruel da criminalização do aborto: trata-se de fazer, do filho, o castigo da mãe pecadora. Cai a máscara que escondia a repulsa ao sexo: não se está brigando em defesa da vida, ou da criança (que, em caso de fetos com malformações graves, não chegarão a viver poucas semanas).
A obrigação de levar a termo a gravidez indesejada não é mais que um modo de castigar a mulher que desnaturalizou o sexo, ao separar seu prazer sexual da missão de procriar.


Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Só de Sacanagem


Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam
entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo
duramente para educar os meninos mais pobres que eu,
para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus
pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e
eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança
vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança
vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o
aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus
brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao
conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e
dos justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva
o lápis do coleguinha",
" Esse apontador não é seu, minha filhinha".
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido
que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca
tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica
ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao
culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do
meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo
o mundo rouba" e eu vou dizer: Não importa, será esse
o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu
irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a
quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o
escambau.
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde
o primeiro homem que veio de Portugal".
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente
quiser, vai dá para mudar o final!


Composição: Elisa Lucinda

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

I Seminário Regional sobre AIDS e Políticas Públicas Infanto - juvenis

I Seminário Regional sobre AIDS e Políticas Públicas Infanto - juvenis

Salvador – Bahia / Agosto - 2010





O I Seminário Regional sobre AIDS e Políticas Públicas Infanto - juvenis foi emocionante com o objetivo de reunir atores de diversos segmentos da sociedade para reflexão e escuta mútua a respeito da construção, implementação e execução das políticas públicas que se dirigem ao público infanto-juvenil no nordeste, e com uma programação super interessante, o seminário veio discutir e dialoga o Estatuto da Criança e do Adolescente – Família, Sociedade e Estado: elos e competências; Política Nacional das Casas de Apoio para a população infanto-juvenil; Direito à Saúde e Políticas Públicas voltadas para a Infância e Juventude vivendo com HIV/Aids. A AIDS é uma doença contagiosa causada por um vírus chamado – Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV. Também chamado vírus da AIDS, ele penetra no corpo humano por vias bem definidas e ataca as células importantes que fazem parte do sistema de defesa do nosso organismo. Enfraquecido o organismo, a pessoa fica sujeita à doenças graves, as chamadas doenças oportunistas que têm esse nome exatamente porque se aproveitam desse enfraquecimento. Mas, nem todas as pessoas infectadas com o vírus desenvolvem a doença. Mesmo assim, podem transmiti-lo para outras. A pessoa portadora do vírus é também conhecida por soropositivo.


Entretanto a prevenção é fundamental para o controle da epidemia da Aids que considera que o uso do preservativo é um meio eficaz de proteção. Entretanto compreende que essa prática de proteção está inserida na complexidade das relações sexuais, das sexualidades dentro de um contexto social, cultural no qual a vivência das diferentes práticas está permeada de valores e percepções distintas de mundo. Portanto,o grade desafio porta-se às questões relacionadas à qualidade de vida dos jovens: emprego, pobreza, violência e os contextos de vulnerabilidade. Assim a Aids e a epidemia do século XXI.




Porém como toda importância do seminário os diálogos feitos ao longo dos três dias, foram de extrema importância, para identificar que a juventude precisa ser ouvida e que tantos os jovens vivendo com HIV/Aids, convivendo com HIV/Aids entre outros lutam pelo avanço de políticas públicas efetivas que possam proporcionar a esses jovens uma vida com dignidade, assim o encontro se fez. Mas pra mim o seminário proporciono momentos emocionante, das quais estarão sempres presentes na minha vida, uma delas foi fazer amigos independente da soropositividade e se sentir protegida, se sentir parte deles em uma troca de amor que não exigir nada em troca, assim foi as amizades feitas é nas amizades se aprende errando que crescer não significa fazer aniversário, que o silencio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem e quando penso saber tudo, descubro que os verdadeiros amigos sempre ficam e amar não significa se dar por inteiro, pois um só dia pode ser mais importante que muitos anos. Assim existem pessoas nas nossas vidas que nos vazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho, algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. E o destino apresentamos a outros amigos, os quais não sabiam os que iriam cruzar-se no nosso caminho, muitos deles chamamos-lhes amigos da alma, do coração, são sinceros, são verdadeiros, sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz. Mas o que mim deixa mais feliz, é que continuaremos junto, alimentando a nossa amizade com alegria e recordações de momentos maravilhosos de quando nossos caminhos se cruzaram.

Hoje entendo, porque cada pessoa que passa na nossa vida é única independente de classe, cor, raça, sexo, etnia, soropositividade, opção sexual e etc... estas pessoas sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Porém haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada. E esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que as almas não se encontram por casualidade."





Juliana Silva